sábado, 20 de novembro de 2010

Rivaldo: ‘vou vestir a camisa do Mogi no Paulistão’


Marcelo Gotti

Apresentando a timidez e o nervosismo que lhe é peculiar, o presidente do Mogi Mirim, Rivaldo, em entrevista coletiva a imprensa, na última quinta-feira, dia 18, anunciou que a partir do próximo dia 1º de dezembro, após assinar contrato, exercerá duas funções no Sapão da Mogiana.
Após resolver pendências contratuais com o Bunyodkor, do Uzbequistão, seu ex-clube, Rivaldo ficou liberado para atuar por qualquer clube do Brasil e exterior.
Segundo o meio campista pentacampeão e, atualmente, o mais alto dirigente do Sapo, algumas propostas de grandes clubes chegaram, mas após avaliar os prós e contras, um detalhe foi determinante para que Rivaldo escolhesse atuar pelo Mogi Mirim no Paulistão de 2011.
“Foi uma decisão bem pensada. Adoro a cidade e este clube que me acolheu e deu a oportunidade de aparecer para o futebol. Além disso, estou perto da minha família e de meus filhos. Por isso escolhi jogar pelo Mogi Mirim. Tenho certeza que estou fazendo a coisa certa. Agora espero a resposta da torcida”, explicou Rivaldo.
Com a presença do pentacampeão no elenco do Sapão da Mogiana, a camisa 11, imortalizada desde o início de sua gestão como presidente, voltará a figurar entre os jogadores titulares. Aliás, Rivaldo já declarou que além de vestir a camisa 11, será o capitão da equipe.
Questionado sobre o impacto de sua presença nos gramados pelo Mogi Mirim, Rivaldo concorda: “A pressão da torcida vai ser maior. Vão cobrar muito mais. Os jogadores do elenco também sentirão um pouco mais a responsabilidade dentro de campo. Mas estarei sempre disposto, com a mesma humildade de sempre, a ajudar o clube e os atletas”.
Rivaldo, agora presidente e jogador do Mogi Mirim, declara que, além do recém contratado Denílson, de 34 anos, seu companheiro no Bunyodkor, busca mais um nome de experiência e alto nível para fazer parte do plantel do Sapo para o Paulistão de 2011.
“Tenho alguns nomes e vamos tentar negociar. Seria muito bom ter mais um atleta de experiência no Mogi Mirim para a disputa do Paulistão”, destaca o pentacampeão.
Confirmado, se estiver em boas condições físicas, de ser o titular absoluto do time, Rivaldo comentou como Roberval Davino, atual técnico do Sapão da Mogiana, recebeu a noticia de seu reforço como atleta.
“O Roberval Davino ficou muito contente. Disse que tinha a expectativa de que isso acontecesse”, afirmou Rivaldo.
Com relação ao seu futuro como atleta no clube, Rivaldo finaliza: “O futuro só a Deus pertence. Vamos ver minhas condições e o andamento das coisas. Se conseguirmos vaga na Série D do Brasileiro é bem provável que continue atuando pelo Mogi Mirim”.

Carreira
Rivaldo iniciou sua carreira no Santa Cruz - PE. Em 1991, disputou a Taça São Paulo de Futebol Júnior, sendo chamado pelo técnico do time principal do Santa Cruz para compor o elenco de cima.
Um ano depois, em 1992, mesmo com interesse do São Paulo por indicação de Telê Santana, acabou ao lado de Válber e Leto, atuando na maior vitrine do futebol brasileiro, o Campeonato Paulista, jogando pelo Mogi Mirim no famoso ‘carrossel caipira’ comandado por Osvaldo Alvarez, o Vadão.
Em 1993, no dia 18 de abril, numa partida contra o Noroeste, de Bauru, percebendo o goleiro adiantado, Rivaldo arriscou um chute do meio do campo, exatamente da linha divisória, fazendo o gol que nem Pelé conseguiu. Este foi um dos momentos mais marcantes do atleta no clube mogimiriano.
Logo após, Rivaldo foi contratado pelo Corinthians e alcançou a honra de vestir pela primeira vez a camisa da seleção brasileira. O presidente do Mogi passou ainda por Palmeiras, onde confirmou sua evolução, indo para a Europa, em 1996.
O La Coruña, que havia perdido Bebeto, foi atrás de um substituto à altura e se deu bem. Rivaldo se consagrou em duas temporadas e despertou o interesse dos grandes clubes da Espanha.
O Barcelona foi mais rápido e levou o brasileiro para envergar sua camisa. Defendendo as cores do Barcelona, Rivaldo brilhou entre 1997 e 2002. Durante esse período, conquistou, em 1999, o prêmio da Fifa de Melhor Jogador do Mundo.
O maior título de sua carreira foi conquistado em 2002. Um pentacampeonato Mundial atuando com a camisa da Seleção Brasileira.
Em 2004, Rivaldo retornou ao Brasil para defender o Cruzeiro, que tinha no comando o técnico Vanderlei Luxemburgo. Em sua temporada pelo time mineiro não teve grande sucesso.
Novamente retornando para a Europa, atuou por Olympiakos e AEK, da Grécia. Atualmente estava no Bunyodkor, do Uzbequistão. Mas após rescindir contrato, desde agosto, mesmo declarando ter acertado com um clube da Europa, estava à procura de um novo clube.

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