Marcelo Gotti
Bem que meus antepassados indígenas me diziam na oca: “Dinheiro não é tudo pequeno curumim”. Eu não concordava! Santa ignorância minha. Devia ter acreditado nos mestres milenares.
Mas hoje tenho a prova na minha cara. Ter dinheiro não significa ser abastado da competência. Não adianta ter um Boeing nas mãos quando não há tripulantes que possam identificar pelo menos o manche que auxilia a aeronave na decolagem.
Isso acontece atualmente no Mogi Mirim. Muita estrutura para um time que não mete medo em ninguém. E isso não é no Campeonato Paulista não, estou falando da Copa Paulista de Futebol.
Longe de menosprezar os adversários, não é o meu objetivo nesta coluna. Mas o Mogi Mirim está disputando a competição junto de equipes que passam por situações delicadas na ordem financeira.
Algumas delas perderam parte de terra ou de estádio por terem causas trabalhistas que ganharam a esfera judicial. Outras lutam com unhas e dentes para simplesmente cumprir com o jogador o seu dever ao final do mês.
Longe de tudo isso está o Mogi Mirim. Com caixa gordo. Alimentado pelo famoso presidente pentacampeão Rivaldo.
Mas dentro de campo é que a historia se inverte. Os clubes necessitados de ajuda financeira desempenham campanha superior ao primo rico. Estão na ponta. Enquanto que o lorde Mogi Mirim amarga as posições inferiores da tabela.
Confirmação de que dinheiro não é tudo. Não adianta ter grande estrutura e pensar pequeno. Um dia quem sabe esta mentalidade mude. Uma boa semana a todos e pensem grande.
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