segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Cadê o prazer do torcedor?
Marcelo Gotti
Há muitos anos, o êxodo de torcedores dos estádios de futebol vem crescendo assustadoramente, principalmente, nas cidades do interior paulista.
Nas praças esportivas do interior, é raro encontrar nas arquibancadas a presença de mais de 500 torcedores. Seria o valor do ingresso? A falta de segurança? Quais motivos estão afastando o público do estádio?
Entre os motivos, os dois questionados acima – ingresso e segurança – também têm certo peso na balança. Mas, na minha visão, o principal motivo que está afastando os torcedores do estádio é a falta de credibilidade das equipes.
Sabemos, e não é segredo para ninguém, que a maioria dos clubes do interior paulista vive da renda advinda da venda de atletas. Negócios! Inevitavelmente, negócios!
Mas, e o torcedor? Onde fica nesta história? Fica renegado a segundo plano, é apenas um detalhe para os dirigentes dos times.
O alto escalão das equipes do interior gostam da fatia gorda que recebem da Federação Paulista de Futebol (FPF), pela cota de direito de imagens.
No ano passado – e deve haver reajuste neste ano – os clubes do interior paulista receberam a bagatela de 1 milhão e oitocentos mil reais, para participar por três meses do Paulistão. Quantia considerável, não acham?
Mesmo assim, presidentes e mais presidentes reclamam das condições financeiras em seus clubes. Mas, pergunto: algum declara querer abandonar o cargo de maior mandatário? Nenhum! É a resposta.
Mesmo com crises externadas publicamente – é o caso do Guarani - nenhum deles mostrou a intenção de abandonar o posto. Resistem contra tudo e contra todos.
No Mogi Mirim, há pelo menos três décadas, não presenciamos dificuldades financeiras. O clube não paga altos salários para seus jogadores; em contrapartida, honra com seus deveres no final do mês, sem atrasos.
O que falta, então, ao clube mogimiriano, para ter o maior apoio da torcida nas arquibancadas? TIME! Em letras maiúsculas, propositalmente.
O torcedor do Sapão da Mogiana carece ver dentro das quatro linhas um time grande no interior, um plantel competitivo nas competições em que disputa e que lhes dê esperanças de classificação ou de objetivos futuros.
O torcedor está cansado de promessas. Não aguenta mais passar por “idiotas”. Palavra forte, mas, o real sentimento acumulado por muitos.
Entra ano e sai ano, escutamos as mesmas coisas por parte da diretoria do Mogi Mirim: na próxima temporada as coisas serão diferentes! Mas qual temporada será essa?
Não estou sendo ácido e tampouco pegando no pé dos dirigentes do Sapo. Apenas estou sendo realista: nas últimas temporadas não presenciamos times competitivos.
Prova disso é que não alcançamos sequer vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D. Já estamos em novembro e temos pouco tempo para o início do Paulistão de 2012.
Pelos lados do Mogi Mirim, ainda tudo muito cru para o Paulistão de 2012. Pode ser que esta situação se reverta nos próximos dias, mas, até agora, me preocupa e muito.
Será que viveremos uma temporada “Vale a pena ver de novo”? Espero, do fundo do meu coração, que não. O como será bom ver o Sapão lutando pelas primeiras posições. Sonhar ainda não custa nada.
Uma semana cheia de luz a todos os meus fiéis leitores. Paz e Bem. Alegria no coração e boas ações sempre! Até a próxima.
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