A falta de um matador

Marcelo Gotti

Podemos dizer que, atualmente, no futebol, um bom atacante é 70% da equipe. É lógico que precisamos considerar as outras posições, sem desmerecer ninguém, mas sem um bom atacante, sem um matador, aquele que faz gol de bico, de caneca, de ombro, de orelha, seja de qual forma for, não há time que consiga ir adiante numa competição.
Atualmente, o Mogi Mirim vem passando por esta dificuldade. Não existe um jogador com a característica de matador, aquele que causa preocupação e medo para a zaga adversária. Temos bons atletas no grupo, mas nenhum com o rótulo de goleador.
Sendo assim, o ex-comandante técnico do Sapão da Mogiana, José Carlos Serrão e, agora, o atual técnico, Lélis Macedo de Oliveira, sem ter este matador no time, tem que rebolar para conseguir os resultados nesta Copa Paulista.
Vários resultados obtidos até agora na Copinha não foram satisfatórios. Já foram dois empates na Arena do Sapo nesta competição, contra o Rio Branco, em 2 x 2, e contra o Red Bull, em 1 x 1.
Na última partida, em casa, contra o Red Bull, foi extremamente tranquilo perceber as dificuldades dos atacantes do Mogi Mirim.
O pequeno Paraíba, enfrentando os grandalhões Eduardo e Oliveira, zagueiros do Red Bull, acabou sendo anulado pelos atletas adversários. Os dois faziam prevalecer a estrutura corporal pra cima de Paraíba. Depois entrou Lucas Souza, que também possui baixa estatura e não conseguiu ajudar muito.
Necessitamos urgentemente de um goleador. Dizem que ele está a caminho; se vem de jegue, carroça, ônibus, carro ou avião, isso não sabemos, mas precisamos de um, em caráter emergencial, antes que a vaca atole as quatro patas, o pescoço e o chifre no brejo. Aí não adianta mais chorar pelo leite derramado.
Não podemos queimar vela boa com defunto ruim, temos que ter atitude profissional e está mais do que na hora disso acontecer, senão não passaremos da primeira etapa desta Copa Paulista renegada. E, se realmente isso acontecer, será uma vergonha para o Mogi Mirim.
Uma excepcional semana a todos. Fiquem com Deus e até a próxima.