segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Inoperância mogimiriana


MARCELO GOTTI

Time ciscador, mas sem poder de conclusão. Rodeia a área adversária, mas não tem competência de reverter o arremate em gol. Afinal: inoperante dentro das quatro linhas.
Este é o Mogi Mirim em seus confrontos no Estádio “Romildo Ferreira” neste Brasileiro da Série D. Um time que não consegue cair na graça do torcedor mogimiriano.
A última vitória do Sapo no “Romildão” aconteceu há exatos 56 dias. O último resultado positivo foi contra o Concórdia, ainda pela sexta rodada da primeira fase da Série D, quando o Mogi derrotou o fraco adversário por 3 a 1.
Após isso, o time assegurou um empate no sufoco contra o Marília, em 1 a 1, pela nona rodada, e sofreu uma derrota para o Metropolitano, por 1 a 0, pela fase de oitavas de final.
Em 11 jogos disputados até agora pela Série D, o time mogimiriano marcou 13 gols e sofreu 11. Média de um gol sofrido por partida e de 1,18 gols anotados por jogo.
Comprovadamente o time não se apresenta bem diante do seu torcedor. Antes da vitória contra o Concórdia, o Sapo só havia vencido o Cerâmica por 2 a 1 em sua estreia na Série D.
Os mais nostálgicos torcedores afirmam que um Sapo foi enterrado atrás de um dos gols no campo do Mogi. Lenda? Verdade? Então, seria a “maldição” do Sapo contra o Sapo? O futebol é mesmo cheio de misticismos e crenças.
Os mais passionais se apegam a tudo para explicar as derrotas sofridas pelo seu time de coração. Mas, usando o racional, o time realmente não corresponde às expectativas geradas.
Mas, curiosamente, as apresentações do Mogi fora de casa são totalmente diferentes. Até aqui, foram duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota sofrida: diante do Concórdia por 2 a 1, pela quarta rodada da primeira fase.
Longe do torcedor, o time não é excepcional, mas rende mais. Até agora, conseguiu os resultados desejados. Conquistou a classificação para as oitavas de final contra o Cerâmica no empate em 0 a 0 e para as quartas de final com vitória sobre o Metropolitano por 2 a 1.
Novamente a história terá que se repetir contra o Cianorte. Superado em casa pelo adversário por 2 a 1, o Sapo terá que, no mínimo, devolver o resultado adverso para ter a possibilidade de levar a disputa da vaga às semifinal nas cobranças de penalidades máximas.
Tarefa fácil? Acredito sinceramente, que não. Mas, como o futebol segue o improvável e nem sempre o melhor vence. Tenho esperanças de uma reação do Sapão da Mogiana no Paraná.
Mas, os atletas do Sapo terão que jogar muito mais do que as últimas apresentações e colocar o “coração no bico da chuteira”. Expressão já desgastada, mas válida e apropriada para o momento.
Sem entrega e bom desempenho dentro das quatro linhas, iremos parar por aqui – nas quartas de final. Ficaremos como se diz: na boca do gol. E teremos que, em 2013, recomeçar tudo de novo.
Este time do Mogi tem bons nomes, mas não aconteceu à evolução, o entrosamento não chegou e os resultados são alcançados de forma penosa. O elenco é grande, mas o técnico não escapa dos improvisos de jogadores. Coisas do futebol. Vai entender! Quem são os culpados? A resposta pode respingar em várias vertentes.
Mas, Leão e Sapo farão o duelo derradeiro no domingo e o mais preparado irá conquistar o acesso à Série C. Este será o prêmio para o time mais competente dentro de campo.

Nenhum comentário:

De virada, Sub-20 do Mogi Mirim vence na estreia do Campeonato Paulista

Time Sub-20 do Mogi Mirim conquistou vitória diante do Independente pela estreia no Campeonato Paulista - Foto: Marcelo Gotti/BTS Mogi M...