sábado, 2 de maio de 2009

Sobrou vontade, faltou experiência


Marcelo Gotti

Mais uma vez a diretoria do Mogi Mirim comprovou que está a milhões de anos luz da administração do tricolor do Morumbi, o São Paulo. Digo isso porque Rivaldo foi categórico em dizer que o seu objetivo é tornar o Mogi Mirim num São Paulo do interior em pouco tempo. Será?
A prova da inexperiência administrativa foi comprovada na realização das primeiras peneiras no clube pela categoria Sub-15. Não estou aqui colocando em prova a competência dos profissionais que estão à frente deste projeto, sendo eles Lélis e Luiz Simplicio, mas sim da maneira que foi conduzido o processo seletivo.
Anunciada apenas no último dia 23 de abril, uma quinta-feira, pela assessoria de imprensa do clube, a peneira já tinha data definida para acontecer no dia 27, está última segunda-feira.
Seriam três dias de avaliações com os atletas. Segunda, terça e quarta-feira. Na minha visão, um tempo considerável e razoável.
O detalhe é que a diretoria do clube esqueceu que a maioria dos atletas que buscam uma oportunidade para se tornar um jogador de futebol, em sua maioria, são de famílias carentes, humilde e sem condições financeiras.
E uma das exigências do Mogi Mirim para que o garoto pudesse participar da peneira é que o atleta tivesse em mãos uma avaliação médica atestando as condições físicas ideais para a pratica do esporte.
Mas a diretoria do Sapão da Mogiana ainda muito verdolenga e crua, novamente pecou. Esqueceu que para o candidato conseguir este atestado médico por intermédio dos postos de saúde da cidade levaria algum tempo. Nem todos podem pagar não é?.
Para passar por uma avaliação de um clinico geral, profissional capacitado para emitir o tal documento, é necessário agendar consulta nos postos de saúde do município, que tem uma espera entre três a 15 dias.
Outro fato é que, em momento algum, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, houve um contato da diretoria do Mogi Mirim com a administração municipal para que o tempo de espera fosse abreviado. Isso se chama planejamento. Os leitores não concordam?.
Na minha opinião incompetência administrativa. Falta de traçar bases fortes de um planejamento.
Caso tivesse ocorrido o imprescindível contato, a prefeitura de Mogi Mirim poderia se mobilizar e disponibilizar mais profissionais para atender a demanda. Seria uma união de forças para um propósito comum.
Fico triste pelo fato de muitos garotos terem ficado frustrados, e por conseqüência, seus pais. Poderia ter sido diferente. Dos 200 garotos avaliados, apenas 5 foram selecionados por Mogi Mirim. Será que não poderiam ser mais?. Fica aqui a pergunta.
Chega de incompetência. Ta na hora da diretoria do Mogi Mirim começar a acertar mais e errar menos. Um grande final de semana a todos. Parabéns aos trabalhadores. Fiquem com Deus e até a próxima oportunidade.

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