Marcelo Gotti
Como já disseram por milhões de vezes os “monstros sagrados” da imprensa, o futebol só é emocionante porque não existe uma lógica.
É verdade. Mesmo nos dias de hoje, a modalidade esportiva sendo cercada de interesses financeiros e outras falcatruas, ela ainda é apaixonante pela falta de lógica.
Nem sempre o que melhor joga, vence. Nem sempre o favorito, conquista o título. Prova viva da afirmação foi o jogo entre Mogi Mirim e Santo André, no último domingo, em Mogi Mirim.
O Ramalhão, vice-lider do Campeonato Paulista, veio para Mogi Mirim com o status de favorito. Alguns colegas de imprensa do ABC paulista diziam que o time andreense iria atropelar o Sapão da Mogiana em seu estádio.
No inicio da partida, até achei que o fato iria se confirmar após o gol anotado pelo time do Ramalhão logo a dois minutos de partida. Mas as coisas não foram bem assim. Não teve lógica. Não seguiram a regra.
Aos poucos o Mogi Mirim foi se organizando em campo e conseguiu até virar o placar. Uma lógica totalmente contraria do que se previa antes do inicio da partida. O Santo André era o franco favorito para vencer o embate.
Mas posso também creditar uma parcela do bom resultado do Sapo diante do Santo André, no exagero de confiança e até menosprezo do Ramalhão. Acharam que iriam vencer fácil o Mogi Mirim. Se deram mal.
Os jogadores do Santo André esqueceram que nem sempre a lógica funciona. Não é exata como dois mais dois são quatro na matemática.
Mesmo com um time inferior tecnicamente do que o Santo André, o Mogi Mirim saiu vitorioso de campo e desbancou o vice-lider do Paulistão. Foi na força e na raça. Mas foi.
Alias, o Sapo adora vencer lideres da competição. No inicio do Paulista, mais precisamente na terceira rodada da competição, o Sapo venceu o Santos por 2 a 1.
Foi à única derrota do time alvinegro praiano para um time considerado pequeno. O futebol é fantástico por isso. Enquanto não existir lógica ele será apaixonante.
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