Marcelo Gotti
Quem disse que o Mogi Mirim não conquistou título neste ano de 2010. Mantendo a postura autoritária e seguindo a risca as determinações da Federação Paulista(FPF), em relação aos valores dos ingresso, a diretoria do Sapão da Mogiana conseguiu colocar o clube na última posição no que diz respeito a média de torcedores no estádio.
Perdendo até para os rebaixados Rio Branco, Monte Azul, Rio Claro e Sertãozinho, o Mogi Mirim aparece na lanterna da lista, na 20ª colocação, com uma média de 1.139 nos nove jogos realizados no estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira.
Tal situação foi criada pelos valores absurdos cobrados pela diretoria mogimiriana nos jogos do Sapo em casa. Contra times considerados grandes, o valor do ingresso foi de R$ 60. Para os considerados pequenos, a quantia a ser desembolsada era de R$ 30.
Foram confeccionados em torno de 3 mil carnês, ao valor de R$ 150, com pagamento à vista. A promoção realizada pela diretoria do Mogi Mirim não atraiu a atenção dos torcedores e também não atendeu as expectativas da diretoria mogimiriana.
Em sinal de repudio aos torcedores pela falta de aquisição de carnês, a alta cúpula do Sapo divulgou que não realizaria mais nenhuma outra forma de promoção.
Apenas na última rodada do Paulistão, quando acharam importante o apoio do torcedor contra a Ponte Preta, os dirigentes divulgaram uma promoção para os torcedores. O portador do ingresso do carnê poderia entrar com mais quatro pessoas. Os que adquirissem nas bilheterias, com mais duas.
Novamente não pegou. Apenas 387 torcedores compareceram para acompanhar a partida entre o Sapo e a Macaca. Uma prova que torcedores e diretoria estão bem distantes um do outro. Como é carinhosamente apelidado pelos torcedores, o Mogi Mirim é a “ilha de alcatraz” na cidade.
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