Baixo salário afasta Serrão do comando técnico do Mogi

Marcelo Gotti

Depois de salvar o Mogi Mirim do rebaixamento para a Série A2 do Paulista, e quase colocar o time mogimiriano na disputa do Título do Interior e do Brasileiro da Série D, o técnico do Mogi Mirim, José Carlos Serrão, esperava ter uma valorização profissional no clube por parte da diretoria do Sapão da Mogiana.
Mas a alta cúpula do Mogi Mirim, capitaneada pelo pentacampeão Rivaldo, sinalizou totalmente ao contrário do pensamento de Serrão.
Apontando para um planejamento de baixo custo e sem muitas pretensões para o segundo semestre – o time disputará apenas a Copa Paulista -, os administradores do Mogi Mirim declararam ter disponível apenas três mil reais mensais para o comando técnico do Sapo.
Se para o técnico, a verba máxima é de três mil reais, para os jogadores, segundo informações, o valor é bem menor. Com a intenção de buscar novos talentos na Série A3, na Segunda Divisão do Paulista e promover também alguns jogadores das categorias de base do clube para a disputa da Copinha, os dirigentes apontam pagar no máximo 1,8 mil reais de salários por mês.
Demonstrando de forma nítida de não almejar nada nesta Copa Paulista – segundo as atitudes da diretoria com relação ao planejamento do clube para o segundo semestre -, o técnico Serrão resolveu afastar-se do cargo de treinador do Sapão da Mogiana.
Mas, conforme informações da assessoria de imprensa do Mogi Mirim, a diretoria mogimiriana ainda não desistiu de manter Serrão no comando técnico do clube.
O impasse apenas terá uma solução se os valores e intenções do clube para a Copa Paulista estiver dentro das expectativas do técnico José Carlos Serrão.
Com Serrão, em edições anteriores da Copa Paulista, o Mogi Mirim chegou na fase semifinal da competição. Na ocasião, o clube mogimiriano foi eliminado pelo Juventus, que foi o campeão naquela temporada.