segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Transição entre Rivaldo e Hélio volta à estaca zero


MARCELO GOTTI

Anunciada no último dia 15 de janeiro de forma verbal, em coletiva que reuniu vários órgãos de imprensa, a transição de administração do Mogi Mirim de Rivaldo Ferreira para Hélio Vasone Junior acabou não se concretizando oficialmente no papel. Após várias reuniões e impasses que rondaram detalhes jurídicos e financeiros, os investidores do Mogi não chegaram a um acordo e não finalizaram as negociações.
Desta forma, Rivaldo e Hélio continuam como os mandatários do Sapo. Cada um responde por 50% dos investimentos no clube mogimiriano.
O anuncio da não efetivação da transição acorreu momentos antes da partida entre Mogi Mirim e Bragantino, no domingo, 3. As partes envolvidas se reuniram no período da tarde e não houve acerto para que as negociações fossem concretizadas.
O procurador de Rivaldo e atual presidente do Mogi, Wilson Bonetti, declarou que o clube continua com a parceria entre Rivaldo e Hélio. “Rivaldo e Hélio continuam como investidores do Mogi. O Mogi não tem dono. Tem investidor”, fez questão de enfatizar o dirigente do Sapo.
Com esta declaração, algumas mudanças divulgadas na coletiva do dia 15 de janeiro não serão colocadas em pratica. Entre elas, a mudança do nome do estádio de Romildo Vitor Gomes Ferreira – nome do pai de Rivaldo - para Vail Chaves – nome do doador do terreno para a construção do estádio.
Nitidamente descontente com o resultado da reunião, o empresário Hélio Vasone Junior, dono da empresa Energy Sports, comentou. “Não houve o acerto e continuamos como os investidores do Mogi”.
Questionado se é possível reverter o quadro atual, e novamente voltar a ser o único investidor do clube, Vasone foi pontual. “Possibilidades existem. Eu posso ser o único investidor do Mogi e o Rivaldo também. Depende da vontade das partes”, comentou o empresário, que também deixou transparecer que o Mogi corre o risco de não contar mais com seus investimentos no segundo semestre.
“Não vou deixar o clube na mão neste momento. O Mogi vem realizando uma boa campanha no Paulistão e vou dar total apoio ao time”, confirmou Vasone, apontando que tem o desejo de permanecer até o final do Paulistão ao lado de Rivaldo.

REAÇÃO
Cientes da decisão tomada na manutenção da parceira entre Rivaldo e Hélio, alguns torcedores do Mogi, contrários ao anuncio, confeccionaram artesanalmente uma faixa pequena de protesto com os dizeres: “Fora Rivaldo”.
O pedaço de pano foi afixado no alambrado do estádio atrás dos bancos de reservas. O local é de fácil visualização das tribunas de imprensa, onde os dirigentes do Sapo costumam acompanhar as partidas em um camarote.
Rivaldo estava presente no estádio, mas preferiu acompanhar o jogo no camarote reservado aos adversários, temendo ações de repudio dos torcedores mogimrianos. Mesmo sendo presidente licenciado do Mogi, Rivaldo defenderá as cores do São Caetano no Paulistão.

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