Marcelo Gotti
Nas últimas semanas desembarcaram na cidade de Mogi Mirim, mais precisamente no estádio Papa João Paulo II, dois atletas oriundos da terra do Sol Nascente, o Japão.
O lateral-direito Hiroki Sakai, de 19 anos, e o atacante Kosuke Taketomi, de 18 anos, vieram para realizar um intercâmbio esportivo no Mogi Mirim Esporte Clube.
Os dois atletas chegaram do time Kashima Reysol, do Japão. O acerto dos detalhes do intercâmbio internacional ficou a cargo de Kimura Kiyotaka, agente da Fifa, pessoa que tem relação estreita com o clube japonês e o consultor técnico do Mogi Mirim, César Sampaio, um dos principais articuladores nas contratações de jogadores para o Sapo.
Não que eu esteja procurando pelo em ovo, mas os dois atletas, segundo informações da assessoria de imprensa do Mogi Mirim, foram inscritos na Federação Paulista de Futebol (FPF) pelo Sapão da Mogiana para a disputa da Copa Paulista de 2009.
Fiquei surpreso com a notícia. Não que esteja desmerecendo nossos amigos do outro lado do Mundo, mas com tantos atletas de qualidade no Brasil, principalmente na nossa cidade e região, porque inscrever atletas do Japão? Pra mim, queimaram duas fichas.
O intercambio não discuto, é válido. A troca de experiências e de culturas é enriquecedora. Todos ganham.
Mas acho que o intercâmbio vai muito além desta fronteira. Existem outros interesses das partes envolvidas. Mesmo porque já vi jogadores da cidade, que atuaram em outros clubes, oferecendo-se para atuar pelo Mogi Mirim e a nova administração não aceitar. Qual seria o motivo?
Será que os jogadores japoneses irão levar ao estádio mais torcedor do que os atletas que moram na própria cidade e constituem família aqui? Afirmo e tenho certeza que não.
Acho que a nova administração, fazendo apenas uma brincadeirinha, está com os olhos da forma dos japoneses. Fechadinhos demais. Arigatô, Mogi.
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