segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vou morrer e não vou ver tudo


Marcelo Gotti

Recebi uma notícia há dias atrás que fiquei estarrecido, embasbacado. A princípio, não quis acreditar, mas resolvi averiguar melhor as informações absorvidas.
Como pode um clube que troveja aos quatro cantos que quer ser o São Paulo do interior, cometer tantos equívocos e enganos administrativos?
A semelhança até agora com os grandes clubes da capital vem das imposições de horários de entrevistas com membros da comissão técnica do clube. No resto, apenas fiasco e lambanças.
Agora, pasmem leitores!!! Como pode um clube como o Mogi Mirim, sem dívidas, pelo menos acredito nisso, perder o direito federativo sobre um atleta por falta de pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)? Dinheiro atualmente no clube não falta, isso tenho certeza.
Mas isso aconteceu com o zagueiro Eduardo Praes, o Eduardo, revelado pela categoria de base do Sapão da Mogiana e que participou do elenco do Mogi em 2008, no acesso para a Série A1 do paulista.
Sim. É verdade. O Mogi Mirim perdeu os direitos sobre o jogador na justiça por falta de pagamento do FGTS. Agora o atleta tem “passe livre”. Pode ir para qual clube quiser.
Mas o mais impressionante de tudo foi como o fato ocorreu. Depois de a nova administração assumir, com Rivaldo na presidência do clube mogimiriano, vários jogadores começaram a ser emprestados e negociados com clubes do futebol brasileiro.
Eduardo, o zagueiro, foi um destes jogadores. O atleta acabou indo para a equipe do Coruripe, de Alagoas, para disputar a temporada de 2009 por lá.
Contrato de empréstimo assinado e registrado em cartório? Nada, o atleta foi emprestado na confiança do “fio do bigode”, no “apalavrado”, no aperto de mão.
E, segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Mogi Mirim, o time de Alagoas não cumpriu com os seus compromissos e quem arcou com as conseqüências foi o Mogi Mirim.
Perderam então o zagueiro Eduardo. Não valeu de nada o “fio do bigode”, a amizade, a confiança depositada no time alagoano.
Difícil acreditar não é? Como pode um clube emprestar um atleta apenas de boca? Será que o exemplo a ser seguido, a administração Sãopaulina faria isso?
É. A administração do Mogi Mirim está mesmo a bilhões de anos luz dos tricolores do Morumbi. Extremamente embrionária e verdolenga ainda.
Tomara que um dia isso tudo mude. Por enquanto, um ditado popular expressa bem o acontecimento. “Vou morrer e não vou ver tudo” com essa administração.

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