sábado, 13 de junho de 2009

O peso do nome do pai


Marcelo Gotti

Acompanhando a partida da equipe Sub-15 do Mogi Mirim na última quinta-feira, dia 11, no estádio Papa João Paulo II, já pude comprovar a inevitável comparação dos torcedores com Rivaldo Junior, o Juninho, em relação ao seu pai, Rivaldo.
Nem de longe os estilos dentro de campo se assemelham. Juninho é atacante, mais preso na grande área. Rivaldo, o pai, é um meio atacante, que gosta de carregar a bola.
Mesmo assim, os comentários nas arquibancadas rolam soltos. “Se fosse o Pai, Rivaldo, faria diferente. Como ele perdeu um gol destes, Rivaldo não perderia”. Numa cobrança de pênalti, onde Juninho cobrou e perdeu durante a partida do Sub-15, alguns disseram: “Ele cobrou porque é filho do “homem”, filho presidente. Bateu e, perdeu, Rivaldo teria convertido fácil”.
E tem os torcedores ainda mais ácidos que disparavam. “Ele joga porque é o dono da bola”. Querendo dar a entender que Juninho atua na equipe apenas porque o pai, Rivaldo, é o presidente do Mogi Mirim.
Acho injusta, incoerente e sem fundamento as comparações. Mas Juninho, o Rivaldinho, terá que se acostumar com as comparações, as cobranças, as fofocas e o peso do nome do pai nas costas durante toda sua carreira como jogador de futebol.
Espero que ele seja amparado psicologicamente e consiga ter a maturidade necessária para suportar as comparações e a responsabilidade de ser o filho do presidente. Minha impressão é que se bem trabalhado poderá ter um futuro como jogador.
Numa avaliação prematura, não será um jogador diferenciado, mas poderá ser um bom jogador de futebol.

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