segunda-feira, 4 de julho de 2011
O sonho do calendário cheio
Marcelo Gotti
A cada início de temporada, o desejo da diretoria do Mogi Mirim é o mesmo: conseguir que o Sapão da Mogiana participe de competições lucrativas e importantes durante todo o ano. É o famoso e almejado calendário cheio.
Mas há muito tempo, os objetivos traçados pelos dirigentes mogimirianos não são alcançados. Por várias vezes, bateu na trave, mas não entrou. Há pelos menos cinco temporadas – final da era Wilson Barros e início da era Rivaldo - o Mogi Mirim vive a mesma rotina: paulista da Série A2 ou A1, no primeiro semestre, e Copa Paulista, no segundo.
Promessa de se formar um ‘esquadrão’ vermelho para atuar nas competições se tornaram repetitivas pela diretoria, mas quase sempre não são cumpridas.
‘Vamos trazer grandes jogadores e lutar por vagas e, quem sabe, pelo título!’. Ah! Quantas vezes não ouvi isso nos bastidores e de dirigentes.
Mas nunca mais tive o gosto de gritar “É campeão!” depois de 1995, quando o Mogi Mirim conquistou seu último título: o campeão da Série A2, que, na época, ainda era chamado de Segunda Divisão do Paulista.
Atualmente o futebol mundial é gerido descaradamente por interesses econômicos. Antes – irão afirmar os mais críticos - também era, mas, na minha visão, era um pouco mais ‘maquiado’.
Então, promessas de títulos e grandes conquistas podem ser reservadas apenas para grandes clubes brasileiros ou internacionais. Os times interioranos, seja de qual for sua naturalidade, terão que contentar-se com a ‘raspa do tacho’, ou seja, no máximo, vice-campeonato e quem sabe assegurar vaga para competições futuras.
Rivaldo, quando assumiu o Mogi Mirim como presidente, tinha a intenção de colocar o clube mogimiriano no Brasileiro da Série A, em cinco anos. Já se passaram três temporadas e o time não conseguiu nem vaga para a última divisão do brasileiro – a Série D.
Acredito que irão passar mais cinco anos e, se tudo conspirar a favor do clube, teremos o prazer de presenciar o Sapão da Mogiana numa Série C do Brasileiro. Este será o ponto máximo! Não é pessimismo, caro leitor, é ser realista e com os pés no chão.
Não é viável financeiramente para os dirigentes de um clube pequeno do interior, uma divisão maior que a Série C do Brasileiro. O retorno com negociações de jogadores, acima da Serie C do Brasileiro, é mais complicada.
Então, não vamos alimentar falsas esperanças. Sejamos prudentes e conscientes da realidade, caros leitores e queridos torcedores do Mogi Mirim. Viveremos no nosso ‘mundinho’: Paulistão, e quem sabe, na melhor das hipóteses, ‘Brasileirão da Série C’.
Uma esplêndida semana a todos. Paz e Bem! Fiquem com Deus e até a próxima.
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