Roberval Davino: ‘o treinador’

Marcelo Gotti

Duas temporadas anteriores no Campeonato Paulista da Série A1 sob a administração de Rivaldo e dois insucessos.
A primeira começou com o treinador Gélson Silva no comando do Sapo, passou pelo arrogante Paulo Campos, mas teve que terminar com o eficaz ‘Salvador da Pátria’, Givanildo de Oliveira. O ‘Cabra Macho’ pegou o Mogi Mirim nas últimas colocações da tabela e conseguiu livrar o clube do rebaixamento para a Série A2 do Paulista na última partida ao vencer o Noroeste, em Bauru, por 5 a 2. Na época foi considerado um milagre.
Neste ano de 2010, Rivaldo apostou no conterrâneo Francisco Diá para comandar o Mogi Mirim no Campeonato Paulista da Série A1. O técnico escolhido havia acabado de livrar do rebaixamento o América de Natal, para o Campeonato Brasileiro da Série C e estava em alta na região Norte e Nordeste do País.
Mas Diá nunca teve sequer uma experiência no estadual mais difícil do Brasil. Mesmo assim, tinha a confiança plena e absoluta do presidente do Sapão da Mogiana, Rivaldo. O treinador, com o aval do mais alto dirigente do Sapo, trouxe alguns jogadores de sua terra, entre eles, Geovane, Niel, Raí e Ricardo Oliveira. Bons atletas, mas nada acima da média.
Na estreia do Sapo no Paulistão de 2010 contra o Palmeiras, no Parque Antártica, sob o comando de Francisco Diá, goleada sofrida por 5 a 1. Decepção total e o castelo de expectativas acabou desmoronando.
Diá capengou, capengou, até que caiu. Foi inevitável. Rivaldo escolheu então um novo ‘Salvador da Pátria’. O nome dele: José Carlos Serrão. Novamente, mesmo com muitas dificuldades, o Sapão da Mogiana acabou escapando nas últimas rodadas.
Agora, pelo clamor dos torcedores, Rivaldo contratou um treinador com mais experiência para comandar o Mogi Mirim no Campeonato Paulista de 2011: Roberval Davino. O novo treinador do Sapo já comandou várias equipes, seja na Série A1 ou na Série A2 da competição. Entre elas, estão: Mirassol, Santo André, América, Marília, Araçatuba, Guarani e São Caetano.
Roberval Davino terá que ser ‘o treinador’. Caso contrário, poderá ter o mesmo destino de seus antecessores: o insucesso e a consequente demissão. Torço para que, com Davino, o Mogi Mirim escreva uma nova história neste Paulistão de 2011. Precisamos acreditar nisso.
Uma exuberante semana a todos. Fiquem com Deus e até a próxima.